quarta-feira, 7 de abril de 2010

ESTREMECIMENTO.

Era um dia que nem mesmo parecia dia.
Era dia que nem luz se via.
Pobres coitados andavam nas ruas, sozinhos, sem suas próprias sombras.
Até mesmo elas tinham medo daquele dia .

Eu pude acompanhar tudo da janela, como sentinela tratei de vigiar
para que nada de mal assombrasse ainda mais quem por ali passava.
Era um dia de padecer, eu lembro como se fosse hoje do meu corpo estremecer.

O vento nunca correu tanto, corria sem obedecer
placas de sinalização. Mas não era pressa que ele tinha. Aliás eu via na cara dele
aquele sorriso cínico, sorriso descarado, e um tanto quanto sádico.

Queria mesmo assustar, e fazia um zunido como se estivesse rindo de mim,
e ria como um menino.
Um dia tão escuro, e tão frio que até mesmo as árvores ficaram com medo e quiseram entrar.

Uma pena, pois aquele dia, era o dia de VOCÊ chegar.

Um comentário:

  1. Gostei muito desse post. Bem escrito, claro, gostoso de ler e vc conseguiu me fazer sentir e ver o dia que vc descreveu. Eu adoro dias assim... rsrs... Consegui te imaginar olhando pela janela, ouvindo o vento, sentindo o frio, querendo alguém pra dividir isso. Muito bom mesmo. Parabéns. Já sou sua seguidora. Quando tiver uma folguinha, entre uma poesia e outra, passe no meu blogue pra tomar um chocolate comigo. Vou adorar. Beijos.

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