terça-feira, 2 de junho de 2009

Porta automática.

Esse cara era invisível, insignificante, ninguém o notava, pra ele ninguém cantava, pra ele o sino da igreja não soava, a moça do mercado pra ele, “ oi” não dava .
A passagem do ônibus o cobrador não cobrava, a rua ele não atravessava, e o professor o matéria não ditava. Os seus gols ninguém comemorava , a torcida ele não agradava. Sua amada não o beijava.
Ele ninguém notava, ninguém , ninguém mesmo.

Para que se possa ter um noção da dimensão da sua ausência:

Certo dia ele foi ao shopping e pra ele a porta automática não abriu!
a porta automática não abriu!
a porta automática não o viu!


E quando entrou a escada rolante, pra ele não ROLOU.

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