terça-feira, 30 de junho de 2009
Chuviscos da TV.
Nesse mundo que vivo
Eu vivo nesse comboio de gente
Aqui dentro tá tudo tão frio
E eu sem nada em mente
Olho na janela, e chove lá fora
Chove tambem aqui dentro nos chuviscos da minha TV
E nela nada se vê.
Eu venho a escrever, e faço da caneta a minha refém, ela lacrimeja no papel
Escrever é a maneira de ser o outro sem deixar de ser a gente mesmo.
Eu só escrevo porque tenho sede. Eu tenho sede de palavras, e na minha sede a
boca cede.
As rachaduras da minha boca se parecem com as de um hospital velho, onde
o doente sente frio, e a esperança de sair,e ir,ir e ir...
Olho na janela e chove lá fora. Chove também aqui dentro nos chuviscos da
minha TV.
Continuo sentado e, ainda está frio
O anjo do meu ombro já dormiu
Hoje ele não me esperou
Dessa vez se cansou.
Olho na janela e chove lá fora. Chove também aqui dentro nos chuviscos da
minha TV.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário